Não consegue tirar aquela garota ou aquele cara da sua cabeça? Está
sonhando acordado com a pessoa quando você deveria na verdade estar
trabalhando ou fazendo alguma outra tarefa que parece não ter mais
sentido? Não para de imaginar o seu futuro com aquela outra pessoa? Já
planejou onde vocês vão morar, quantos filhos vão ter, para onde vão
viajar nas férias e o nome dos dois cachorros que vocês vão ter? Talvez
você ainda não tenha certeza, mas esses pensamentos vertiginosos podem
ser sinais de amor.
Na verdade, os cientistas já apontaram exatamente o que significa
“apaixonar-se”, e é algo bastante específico. Os pesquisadores
descobriram que um cérebro apaixonado é muito diferente, por exemplo, de
um que está experimentando apenas desejo sexual, e também é diferente
de um cérebro de alguém em um relacionamento de longo prazo,
comprometido há muito mais tempo. Estudos conduzidos por Helen Fisher,
antropóloga da Universidade Rutgers, nos EUA, e uma das principais
especialistas nas bases biológicas do amor, revelaram que a fase
“apaixonada” do cérebro é um período de tempo único e bem definido, e há
13 sinais indicadores de que você está nele.
13 – “Este aqui é especial”
Quando você está apaixonado, você começa a pensar que a pessoa amada é
única. A crença é acoplada com uma inabilidade de sentir a paixão
romântica por qualquer outra pessoa. Fisher e seus colegas acreditam que
essa obstinação resulta de níveis elevados de dopamina central – um
químico envolvido na atenção e no foco – em seu cérebro.
12 – “Ela é perfeita!”
As
pessoas que estão verdadeiramente apaixonadas tendem a se concentrar
nas qualidades positivas da pessoa amada, enquanto negligenciam seus
traços negativos e seus defeitos. Pessoas apaixonadas também se
concentram em eventos triviais e objetos que as lembram de seu ente
querido, sonhando com esses preciosos pequenos momentos e lembranças.
Acredita-se que esta atenção focada também resulta de níveis elevados de
dopamina central, bem como um pico de norepinefrina central, um produto
químico associado com o aumento da memória na presença de novos
estímulos.
11 – “Eu estou uma bagunça emocional!”
Como é bem sabido, apaixonar-se muitas vezes leva a uma instabilidade
emocional e fisiológica nas pessoas. Você alterna entre alegria,
euforia, aumento da energia, insônia, perda de apetite, tremores,
coração acelerado e respiração acelerada, bem como ansiedade, pânico e
sentimentos de desespero quando seu relacionamento sofre até o menor
revés. Essas mudanças de humor são paralelas ao comportamento dos
toxicodependentes. E, de fato, quando as pessoas apaixonadas visualizam
fotos de seus entes queridos, têm as mesmas regiões do cérebro ativadas
que um viciado em drogas quando toma uma dose. Estar apaixonado, dizem
os pesquisadores, é uma forma de dependência.
10 – “A adversidade tornou-nos mais próximos”
Passar por algum tipo de adversidade com outra pessoa tende a
intensificar a atração romântica. A dopamina central pode ser
responsável por esta reação, também, porque as pesquisas mostram que
quando uma recompensa é atrasada, os neurônios na região do meio do
cérebro que produzem dopamina tornam-se mais produtivos.
9 – “Estou obcecado por ele”
As pessoas que estão apaixonadas relatam que gastam, em média, mais
de 85% de suas horas acordadas pensando sobre seu “objeto de amor”, de
acordo com Fisher. O pensamento intrusivo, como esta forma de
comportamento obsessivo é chamada, pode ser resultado da diminuição dos
níveis de serotonina central no cérebro, uma condição que já sido
associada com o comportamento obsessivo anteriormente.
8 – “Eu queria que pudéssemos estar juntos o tempo todo”
As pessoas apaixonadas regularmente exibem sinais de dependência
emocional em seu relacionamento, incluindo possessividade, ciúme, medo
de rejeição e ansiedade pela possibilidade de separação. Por exemplo,
Fisher e seus colegas observaram os cérebros de indivíduos que
visualizavam fotos de um ser amado rejeitado, ou alguém com quem ainda
estavam apaixonados depois de terem sido rejeitados por aquela pessoa. A
ressonância magnética funcional (fMRI) mostrou ativação em várias áreas
cerebrais, incluindo áreas do prosencéfalo, como o giro cingulado, que
já demonstraram desempenhar um papel nos desejos de cocaína. “A ativação
de áreas envolvidas na dependência de cocaína pode ajudar a explicar os
comportamentos obsessivos associados à rejeição no amor”, escreveram os
pesquisadores em 2010 no Journal of Neurophysiology.
7 – “Espero que fiquemos juntos para sempre”
Pessoas apaixonadas também anseiam pela união emocional com a pessoa
amada, procurando maneiras de se aproximar e sonhar com seu futuro
juntos. Outra especialista em amor, Lucy Brown, neurocientista da
Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, diz que esse desejo
de estar com outra pessoa é algo como o nosso impulso para conseguir
água e outras coisas que precisamos para sobreviver.
“Estudos funcionais de ressonância magnética mostram que os sistemas
neurais primitivos subjacentes ao impulso, reconhecimento de recompensa e
euforia são ativos em quase todos nós quando olhamos para o rosto de
pessoas amadas e temos pensamentos amorosos. Isso coloca o amor
romântico na companhia de sistemas de sobrevivência, como quando nós
estamos com fome ou com sede”, disse Brown ao site Live Science em
2011.”Eu penso no amor romântico como parte da estratégia de reprodução
humana. Ele nos ajuda a formar laços, que nos ajudam a sobreviver. Fomos
construídos para experimentar a magia do amor e para sermos conduzidos
para o outro”.
6 – “Eu faria qualquer coisa por ela”
As pessoas que estão apaixonadas geralmente sentem um poderoso
sentimento de empatia em relação à pessoa amada, sentindo a dor da outra
pessoa como sua e estando dispostos a sacrificar qualquer coisa pela
outra pessoa.
5 – “Será que ele gostaria dessa roupa?”
Apaixonar-se é um processo marcado por uma tendência de reordenar as
suas prioridades diárias e / ou mudar suas roupas, maneirismos, hábitos
ou valores para que eles melhor se alinhem com os da pessoa amada.
Ainda assim, ser você mesmo pode ser sua melhor aposta: em outro dos
estudos de Fisher, apresentado em 2013, ela descobriu que as pessoas são
atraídas por seus opostos – pelo menos seus opostos “cérebro-químicos”.
Por exemplo, sua pesquisa descobriu que as pessoas com personalidades
denominadas testosterona-dominante (altamente analíticas, competitivas e
emocionalmente contidas) foram muitas vezes atraídas para companheiros
com personalidades ligadas a altos níveis de estrogênio e oxitocina –
estes indivíduos tendiam a ser “empáticos, confiantes, sociáveis e
introspectivos, buscando significado e identidade”, disse Fisher em
2013.
4- “Podemos ser exclusivos?”
Aqueles que estão profundamente apaixonados normalmente experimentam
desejo sexual pela pessoa amada, mas há fortes fatores emocionais
envolvidos: o desejo de sexo é acoplado com possessividade, um desejo de
exclusividade sexual e extremo ciúme quando o parceiro é suspeito de
infidelidade. Acredita-se que esta possessividade tenha evoluído de modo
que uma pessoa apaixonada obrigue seu parceiro a desprezar outros
pretendentes, garantindo assim que o envolvimento do casal não seja
interrompido até que a concepção dos filhos tenha ocorrido, garantindo
assim a reprodução da espécie.
3 – “Não é sobre sexo”
Enquanto o desejo de união sexual é importante para as pessoas
apaixonadas, o desejo de união emocional tem precedência. Um estudo
descobriu que 64% das pessoas apaixonadas (a mesma porcentagem para
ambos os sexos) discordavam da afirmação: “O sexo é a parte mais
importante do meu relacionamento com meu parceiro”.
2 – “Sinto-me fora de controle”
Fisher
e seus colegas descobriram que indivíduos que relatam estar
“apaixonados” geralmente dizem que sua paixão é involuntária e
incontrolável.
Para seu livro de 1979 “Love and Limerence” (Amor e Limerência, em
tradução livre. Limerência é um estado cognitivo no qual a pessoa
apaixonada sente uma necessidade muito grande de ser correspondida), a
psicóloga Dorothy Tennov pediu a 400 homens e mulheres em Connecticut
para responder a 200 declarações sobre o amor romântico. Muitos
participantes expressaram sentimentos de impotência, dizendo que sua
obsessão era irracional e involuntária. De acordo com Fisher, um
executivo de negócios em seus 50 anos de idade escreveu isso sobre um
flerte do escritório: “Estou avançando na tese de que essa atração por
Emily é uma espécie de ação biológica, instintiva, que não está sob
controle lógico ou voluntário … Isso me guia, eu tento desesperadamente
argumentar, limitar sua influência, canalizá-lo (para o sexo, por
exemplo), negá-lo, apreciá-lo e, sim, droga, fazê-la responder. Mesmo
sabendo que Emily e eu não temos absolutamente nenhuma chance de
construir uma vida juntos, o pensamento nela é uma obsessão”.
1 – “A chama se apagou”
Infelizmente, estar apaixonado geralmente não dura para sempre. É um
estado impermanente que evolui para um relacionamento de longo prazo,
co-dependente que os psicólogos chamam de “apego”, ou se dissipa, e a
relação se dissolve. Se há barreiras físicas ou sociais que impedem os
parceiros de se verem regularmente – por exemplo, se a relação é de
longa distância – então a fase de “apaixonada” geralmente dura mais do
que seria de outra forma.
Fonte: http://hypescience.com/13-sinais-pessoas-apaixonadas/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29
Sem comentários:
Enviar um comentário