segunda-feira, 31 de janeiro de 2022
domingo, 30 de janeiro de 2022
sábado, 29 de janeiro de 2022
Há menos relações sexuais - E não é só por causa das tecnologias !
Estudos em vários países demonstram que a maior queda se verifica entre os adolescentes. E os confinamentos não alteraram isso.
Não é o primeiro – nem será o último – mas em Novembro surgiu novo estudo sobre a frequência de relações sexuais. Desta vez nos Estados Unidos da América, resultado da pesquisa nacional de saúde e comportamento sexuais.
Os autores do estudo, do Centro de Promoção da Saúde Sexual na Escola de Saúde Pública da Universidade de Indiana, procuraram quase nove mil pessoas, entre adolescentes e adultos – a maioria adultos.
Há uma tabela que mostra um dos dados mais relevantes: há mais de uma década as pessoas nos EUA tinham relações sexuais do que agora.
Essa diferença é mais visível entre os adolescentes (entre os 14 e os 17 anos). Nessa faixa etária, em 2009 havia 79,5 por cento de jovens que não faziam sexo há mais de um ano – ou que nunca tinham feito; em 2018 foram 89 por cento a assumir o mesmo.
Nos adultos (18-49 anos) também houve um aumento, embora menor: de 23,5 por cento em 2009 para 28,1 por cento em 2018.
No sexo oral entre adolescentes a variação foi muito semelhante: mais 10 por cento em “jejum” durante um ano, em 2018. A subida é ainda maior no número de adolescentes sem masturbação (de 44 por cento para 60,5 por cento).
Estudos noutros países, como no Reino Unido e na Alemanha, mostram que a diminuição do número de relações sexuais é global, ao longo das últimas décadas.
Soazig Clifton, directora de um inquérito semelhante no Reino Unido, falou sobre o assunto à revista Science Focus e foi clara: “Sim, há menos relações sexuais. E parece ser uma tendência internacional”.
Possíveis razões
A responsável admite que não consegue enumerar com certeza os motivos. Tem noção de que as tecnologias – pessoas “coladas” em telemóveis – ajudam.
Mas não é só isso: as pessoas falam mais abertamente sobre sexo, agora. Não têm vergonha em assumir como está a sua vida sexual, mesmo que seja inexistente.
E há o cansaço do lado feminino: “Tem havido muita investigação em relação às mulheres de meia-idade. Elas estão cansadas demais para fazer sexo, têm muitas mais coisas a acontecer nas suas vidas”.
A pandemia “fechou” as pessoas em casa mas isso não fez alterar rotinas: “Os impactos do confinamento foram muito distintos, depende do caso. Mas, entre os inquiridos que já viviam com a companheira ou companheiro, a frequência do sexo foi praticamente a mesma. A maioria das pessoas contou que não houve qualquer mudança na vida sexual”.
https://zap.aeiou.pt/ha-menos-relacoes-sexuais-e-nao-e-so-por-causa-das-tecnologias-459685
Não é o primeiro – nem será o último – mas em Novembro surgiu novo estudo sobre a frequência de relações sexuais. Desta vez nos Estados Unidos da América, resultado da pesquisa nacional de saúde e comportamento sexuais.
Os autores do estudo, do Centro de Promoção da Saúde Sexual na Escola de Saúde Pública da Universidade de Indiana, procuraram quase nove mil pessoas, entre adolescentes e adultos – a maioria adultos.
Há uma tabela que mostra um dos dados mais relevantes: há mais de uma década as pessoas nos EUA tinham relações sexuais do que agora.
Essa diferença é mais visível entre os adolescentes (entre os 14 e os 17 anos). Nessa faixa etária, em 2009 havia 79,5 por cento de jovens que não faziam sexo há mais de um ano – ou que nunca tinham feito; em 2018 foram 89 por cento a assumir o mesmo.
Nos adultos (18-49 anos) também houve um aumento, embora menor: de 23,5 por cento em 2009 para 28,1 por cento em 2018.
No sexo oral entre adolescentes a variação foi muito semelhante: mais 10 por cento em “jejum” durante um ano, em 2018. A subida é ainda maior no número de adolescentes sem masturbação (de 44 por cento para 60,5 por cento).
Estudos noutros países, como no Reino Unido e na Alemanha, mostram que a diminuição do número de relações sexuais é global, ao longo das últimas décadas.
Soazig Clifton, directora de um inquérito semelhante no Reino Unido, falou sobre o assunto à revista Science Focus e foi clara: “Sim, há menos relações sexuais. E parece ser uma tendência internacional”.
Possíveis razões
A responsável admite que não consegue enumerar com certeza os motivos. Tem noção de que as tecnologias – pessoas “coladas” em telemóveis – ajudam.
Mas não é só isso: as pessoas falam mais abertamente sobre sexo, agora. Não têm vergonha em assumir como está a sua vida sexual, mesmo que seja inexistente.
E há o cansaço do lado feminino: “Tem havido muita investigação em relação às mulheres de meia-idade. Elas estão cansadas demais para fazer sexo, têm muitas mais coisas a acontecer nas suas vidas”.
A pandemia “fechou” as pessoas em casa mas isso não fez alterar rotinas: “Os impactos do confinamento foram muito distintos, depende do caso. Mas, entre os inquiridos que já viviam com a companheira ou companheiro, a frequência do sexo foi praticamente a mesma. A maioria das pessoas contou que não houve qualquer mudança na vida sexual”.
https://zap.aeiou.pt/ha-menos-relacoes-sexuais-e-nao-e-so-por-causa-das-tecnologias-459685
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